terça-feira, 28 de junho de 2011

#11

De tão livre, fez-se meu. Tu na tua tão infinita grandeza me entregou o que de mais precioso pôde. Então fez inferno e paraíso. Invadiu-me pelos olhos e quando entrou arrastou consigo algo equivalente ao infinito. Fiz-me sua morada. E tu fez-se de mim. Pois tu cativas tudo aquilo pelo que te tornas responsável. Sou tua. Não mediocremente, hipocritamente. Sou tua porque meus pensamentos seguem os teus. Sou tua porque minhas vontades andam acompanhadas das tuas. Digo então que talvez, apesar de meu, continue livre. Livre pois sente. Meu, pois até agora, tu foi nada além do que sempre desejei.

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