sábado, 22 de setembro de 2012

#41

Ela se sentou, respirou, deu uma olhada em volta. Enfim, completa. Sentiu tudo o que estava ao redor saindo do seu lugar de origem, se dissolvendo em rodopios de poeira no ar, e indo para dentro de suas narinas. Ela então, ao inalar, sentia o gosto de pó na boca. Na garganta. Preenchendo seus pulmões. Preenchendo cada espaço vago que havia. Completa. Tomada por uma certeza de que ali devia estar. Plena de si. Até o minuto seguinte.

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